sábado, 1 de dezembro de 2012

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Aos contratadores de atores... atenção!

(Esta carta é meu sentimento de repulsa a alguns seres que contratam atores que não os tratam com o mínimo de dignidade. A cidade é onde eu moro, poderia ser em qualquer outra cidade no Brasil ou no mundo.)


Conselheiro Lafaiete, 01 de dezembro de 2012.

 
Queridas empresas, contratadores, como estão? Bom, eu espero que sua vida profissional e vida pessoal esteja correndo muito bem.
Acredito que poucos vocês vão ao teatro, e não entenda algumas coisas simples. Alguns se esquecem que o ator bebe água. Não sabia? Pois é. Quando trabalhamos em praças públicas, hospitais, rodoviárias, coretos, palcos fechados. Muitos se esquecem de algo tão simples, hoje meu colega de palco quase desmaiou e teve que tirar do próprio bolso (como tantas vezes), para comprar uma simples garrafa de água. Nós não somos chatos, quando a sede aperta, até água de torneira serve, já dá pra refrescar.
Como podem ver, nunca vamos reclamar do figurino (por mais rídiculo que possa ser), mesmo que a roupa seja quente, apertada ou constrangedora. Afinal somos da arte, o rídiculo faz parte do nosso trabalho.
Mesmo quando somos pagos ( o que é bem raro, afinal alguns dizem a besteira que o ator faz teatro por amor, para não polemizar é melhor nem me aprofundar), pedimos com muita educação, que por favor converse com o grupo qual é sua proposta. Entenda, somos atores e não videntes, não podemos adivinhar o que o senhor ou a senhora deseja.
Uma outra coisa bem pequenina que gostaríamos de pedir, que nos ofereça um espaço para trocarmos de roupa (pode ser pequeno, não tem problema). Entenda, nós atores, por trabalharmos juntos durante muito tempo não existe distinção de gênero, não vemos problema de trocar de roupa na frente dos outros atores. Porém, muitas vezes, trocamos de roupa na rua, a população nos olha com estranheza e além de outros perigos, como furtos. Quantas vezes somos obrigados a utilizar "cabaninha" (como os senhores não devem conhecer, cabaninha, é quando pessoas escondem pessoa no centro e a cobrem ou com lenço ou roupa).
Eu imagino que os senhores devem estar achando esquisito, quase vocês não escutam  reclamação por parte dos artistas, afinal, o pensamento é sempre o mesmo: "Estou pagando, se virem!". Estamos simplesmente pedindo condições mínimas de trabalho, para fazermos o trabalho do ator. Para também fazermos o melhor trabalho para vocês contratadores.

Agradecidamente,

Os atores

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

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Sem título e perda de raciocínio

Queridos fantasminhas e pessoas que de vez em quando visitam este blog semi-abandonado. Como estão? Espero que tudo esteja bem. Estava escrevendo um texto e acabei de perder o raciocínio, acredito que quando não a um desenvolvimento bom, é melhor deixar pra lá. Bom estou escrevendo que neste momento estou escrevendo outro texto, sobre a questão do cabelo crespo em blogs. Vocês sabiam que a quantidade é gigantesca? Pesquiso a um ano, contando com os videos do youtube e os blogs, passou de centenas. Nunca contei, desculpa. Vou separar a relação de blogs que li ou somente visitei e depois passo para vocês. Espero que eu possa ajudar quem tiver interesse em passar pela libertação da química. Pode ser útil. Se eu não postar hoje, postarei nos próximos dias. Até lá.

*Já ia me esquecendo, vou contar sobre o pontapé sobre minha decisão de abandonar a química, tudo por causa de uma oficina e um texto. Vou passar para vocês.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

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Um relato de vida do meu cabelo



                                Imagem: Google

Oi pessoal, como todos sabem eu demoro pra escrever, mas já faz algum tempo que eu queria escrever sobre este assunto. Antes de qualquer coisa, não, eu não quero mais uma sugestão de escova marroquina, progressiva e etc. Se isso funciona com você parabéns. Mas no momento da minha vida, eu te digo não.  Hoje quero me abrir com todas pessoas que passam neste momento, o meu dilema. Você faz relaxamento, alisamento ou qualquer processo químico, há quanto tempo? Dois anos? Cinco anos? Dez anos? Pois vou te contar: eu aliso a mais de duas décadas, desde os cinco anos de idade. Chocante? Pois é. Há alguns meses tentei me lembrar como o meu cabelo é de verdade, e não me lembro! A lembrança mais antiga do meu“cabelo natural” remetem a pré-escola, quando um coleguinha filho de uma p...(é melhor não completar, tem crianças lendo), falava para cortar o cabelo, pois era muito grande e não dava pra ver o quadro. E eu ficava me perguntando por quê? Qual era o problema? Não sei se era por causa de estudar numa escola particular, mas eu era a única menina da sala a possuir cabelo crespo, a maioria possuía cabelo liso e no máximo cabelo cacheado. Com o tempo comecei a perceber que meu cabelo era diferente das outras meninas, mas naquela época, não tinha muitos produtos para meu tipo. Só comecei a usar produtos específicos a aproximadamente 14, 15 anos atrás.
Nunca na vida alguém disse que meu cabelo era bonito, reparava que somente os cabelos lisos e grossos eram elogiados dessa forma. E mesmo utilizando química, fazendo escova, chapinha, ou fazendo rolinho e touca, jamais perceberam alguma beleza nele.
Quando tinha 13 anos, passei pelo maior pesadelo na vida de uma mulher. Nessa época freqüentava um salão e a cabeleireira alisava meu cabelo, e como o alisamento ficava muito ruim, minha mãe também alisava em casa. Um dia, após mais um “tratamento”, ele começou a cair, eu passava a mão e o cabelo saia aos montes, comecei a desesperar, achei que iria ficar careca, neste momento abençoei meu cabelo volumoso, se não fosse por ele, teria chegado segunda-feira, na escola, sem cabelo.
Frequentei outros salões e vou ser sincera, a maioria me atendiam pessimamente. O último salão que freqüentei, e no dia o dinheiro estava contado para fazer escova e chapinha, o atendente criticou muito o cabelo, insistia que tinha que fazer inúmeros tratamentos. E eu dizia “meu dinheiro está contado, não tenho como pagar mais”, e começou a comparar meu cabelo com de outra cliente, naquele momento tive vontade de sair da cadeira e não pagar por aquilo, é óbvio que nunca mais voltei.Talvez seja por isso que hoje detesto salões de beleza, na maioria das vezes desconhecem e tem preguiça de trabalhar com o cabelo crespo, é um cabelo bastante demorado.
Esse ano resolvi me dar um presente, mesmo que me arrependa e não goste, vou experimentar. A quatro meses, parei definitivamente com a química, e estou cortando a parte alisada.É um grande desafio, todos os dias toco com as mãos a raiz crescida e percebo que ele não é tão duro como eu pensava. Consigo perceber sua beleza, é incrível a raiz toda espiralada e macia. Começo a perceber, que a estrutura é diferente da química, para desembaraçar é preciso cuidado e paciência. Percebo que o tempo para lavar, hidratar e pentear aumentou, mas tudo bem, posso aceitar. Ainda não tive coragem de radicalizar e cortar toda a química de uma vez, porém, sei que mais cedo ou mais tarde, essa hora chegará.
Acredito que seja um novo começo, pra mim e pro meu cabelo!
*O texto ficou muito grande, mas precisava desabafar, agradeço pela atenção. Se sentir vontade para comentar, sinta-se a vontade.
Abraços, a vocês e meus amigos fantasminhas.

*Observação de hoje, 11 de setembro de 2012.
Hoje cortei metade do cabelo alisado, provavelmente com mais dois cortes, o cabelo já estará natural. Quem tiver interesse em ver o processo da mudança, entre em contato nos comentários. E postarei num outro texto. 

terça-feira, 1 de maio de 2012

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Se eu pudesse voltar no tempo



Quem de nós não quis ter uma máquina mágica e voltar dois, cinco, vinte anos no tempo e mudar algo na sua vida? Sério, se eu pudesse ter essa máquina agora em minhas mãos, voltaria aproximadamente 16 anos. Fico me perguntando se eu tivesse conseguido evitar o conflito, evitar a intriga, talvez não tivesse acontecido à perseguição e a violência que sofri, a minha vida talvez pudesse ter sido diferente, teria tomado outro rumo. Quem sabe ter uma vida mais tranqüila, mais feliz, ou sei lá, talvez nem estivesse com vida?  Vejo alguns conhecidos, tendo “aparentemente” uma vida mais tranqüila, mais certinha, exatamente como a sociedade deseja, com a vida estável, sem nenhum tipo de imprevistos.
É errado como eu vejo? Talvez, mas eu também tenho direito a imaginar outras possibilidades. Mas fazer o que, ainda não tem jeito de voltar a atrás. O jeito é continuar na luta selvagem da vida...

sábado, 17 de março de 2012

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Sinceridade


Peço desculpas aos meus leitores do blog por este sumiço de quase dois meses. Pessoal, estou passando por um período problemático familiar, com os meus pais doentes e estou com alguns problemas pessoais. Fiquei me perguntando se deveria falar sobre isso no blog, afinal tem pessoas que me conhecem pessoalmente e outras somente no virtual. Bom como a proposta do blog é sobre qualquer assunto, vai ser de fundo pessoal. Sabe a sensação de sentir o mundo cair sobre a sua cabeça?   De nada dar certo? Sinto que tudo ao meu redor está se destruindo? Não vou mentir, minha vida está indo de mal a pior. Tudo está dando errado. A poucas semanas sofri terrorismo da minha própria família. Sinceramente, pensei que seria expulsa de casa, pensei que minha família iria passar fome e eu teria que parar de estudar. Como no momento não estou trabalhando fui atrás de bolsa, mesmo que não fosse muito, mas continuaria a estudar. Mas no final tudo não passava de uma grande mentira! Fui enganada pela minha própria família. Me senti violentada, não posso confiar na minha própria família. Tenho me sentido muito sozinha na vida, sabe o que é pior? Quando você quer abrir o jogo e quer falar dos problemas que está passando, eles te tratam como lixo. Fico pensando se é melhor mentir ou omitir, pois quando você quer ser sincero, é tratado como pária, vagabundo. Parece que o mundo está com os valores morais invertidos. Quer dizer que se for mentirosa e enganadora serei melhor tratada do que ser verdadeira?  Fico me perguntando do que valeu ser uma boa filha, será que me dariam mais atenção se eu fosse uma pessoa de vida desregrada?
Não sei quando a tempestade passará, volto assim que puder.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

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Enchente

                                            Imagem: Fato Real

*Pessoal, sei que tem pessoas de outras cidades e outros estados que leem este blog. Mas acredito que a sensação é a mesma a de quem tem sua cidade invadida pela água. Nada aconteceu onde moro e espero que nada aconteça, mas as pessoas da minha região estão apreensivas.
Essa semana em Minas Gerais estamos vendo uma catástrofe. Inúmeras chuvas invadem as cidades, destroem casas, matam vidas. Sei que todos estão vendo nos jornais e sites de notícias. Mas preciso fazer um desabafo. Pela primeira vez senti medo do que pode acontecer. Tenho medo se estas chuvas não pararem o que pode acontecer com a minha cidade. Quando acordei na segunda feira, me preocupei com as pessoas de quem gosto. Tenho amigos que moram próximos ao rio Bananeiras, vi a casa onde morava quando criança tomada pela água. Vi a cidade onde morava correndo o risco de desabar. E próximo da rodoviária de Ouro Preto onde já passei tantos momentos da minha vida, sumir e provavelmente um dos taxistas que com toda certeza me levou para a casa onde morava, foram embora desse planeta maluco. Acreditam que sonhei que eu estava boiando na água? E foi na segunda feira? Toda vez que vejo nuvens pesadas chegando perto não tenho alternativa, a não ser rezar para não acontecer o pior...