segunda-feira, 23 de junho de 2014
segunda-feira, 2 de junho de 2014
0
A Morte
Eu sei que essa chamada é forte, mas devo informá-los que não falarei sobre a morte em geral. Mas sim quando a morte acontece no processo de trabalho dos Doutores do Sorriso. Dedico o texto aos meus queridos colegas Doutores (Aurélio, Valéria, Maria Fernanda, conhecidos como Doutor X, Doutora Val e Doutora Núnú) e as pessoas que se interessarem.
Queridos Doutores do Sorriso, Grupo B.
Nessa sexta-feira 30/05/2014 passamos por um momento delicado no hospital, infelizmente um dos nossos pacientes veio a óbito. Eu e a Doutora Val, entramos neste quarto, conhecemos sua família e o próprio paciente, infelizmente não soubemos o nome dele. Podemos naquele momento em que o paciente estava inconsciente, levar um pouco de alegria para sua família, que estava desesperada. Sei que pelo paciente não pudemos fazer nada, pois não estava consciente, mas Doutora Val, pense naqueles poucos minutos em que podemos afastar o desespero e a tristeza. Você me disse que se sentiu mal por isso, eu te peço: não se sinta. Acho que não tivemos a oportunidade de falarmos sobre isso, mas sabia em que algum momento teríamos que passar por essa situação. Afinal fazemos trabalho voluntário em hospitais, e de certa maneira a morte sempre nos acompanha. Nessa sexta ela surgiu.
Você sabia que eu passei por isso na minha primeira vez como Doutora? E os Doutores nem existiam ainda. Em 2007, no hospital, eu e minha colega estávamos saindo de um quarto e passou na nossa frente enfermeiros, médicos e a maca em que o paciente estava passando pelo corredor. Ninguém precisou me falar, ele não respirava mais e seu olhar era parado, eu me lembro muito bem, os médicos deixaram a maca no meu corredor e foram fazer outras coisas, a maca ficou na nossa frente. Minha colega ficou desesperada e eu disse pra ela, que isso faz parte do hospital e da vida, todos os dias pessoas morrem e não podemos fazer nada sobre isso.
Mesmo com a morte, devemos trazer a alegria para todos os nossos pacientes, não se sinta culpada, não devemos nos envergonhar pelo nosso trabalho, acredite ele faz a diferença!
Um abraço,
Doutora Jujuba
Nathália Lôbo
*Não estou expondo ninguém, acho que isso é interessante de comentar, pois o trabalho de um Doutor não é fácil e enfrentamos dificuldades no nosso trabalho todos os dias. Nesse dia também encontramos pacientes maravilhosos, e pacientes que não nos aceitam, devemos saber ganhar e principalmente PERDER.
Queridos Doutores do Sorriso, Grupo B.
Nessa sexta-feira 30/05/2014 passamos por um momento delicado no hospital, infelizmente um dos nossos pacientes veio a óbito. Eu e a Doutora Val, entramos neste quarto, conhecemos sua família e o próprio paciente, infelizmente não soubemos o nome dele. Podemos naquele momento em que o paciente estava inconsciente, levar um pouco de alegria para sua família, que estava desesperada. Sei que pelo paciente não pudemos fazer nada, pois não estava consciente, mas Doutora Val, pense naqueles poucos minutos em que podemos afastar o desespero e a tristeza. Você me disse que se sentiu mal por isso, eu te peço: não se sinta. Acho que não tivemos a oportunidade de falarmos sobre isso, mas sabia em que algum momento teríamos que passar por essa situação. Afinal fazemos trabalho voluntário em hospitais, e de certa maneira a morte sempre nos acompanha. Nessa sexta ela surgiu.
Você sabia que eu passei por isso na minha primeira vez como Doutora? E os Doutores nem existiam ainda. Em 2007, no hospital, eu e minha colega estávamos saindo de um quarto e passou na nossa frente enfermeiros, médicos e a maca em que o paciente estava passando pelo corredor. Ninguém precisou me falar, ele não respirava mais e seu olhar era parado, eu me lembro muito bem, os médicos deixaram a maca no meu corredor e foram fazer outras coisas, a maca ficou na nossa frente. Minha colega ficou desesperada e eu disse pra ela, que isso faz parte do hospital e da vida, todos os dias pessoas morrem e não podemos fazer nada sobre isso.
Mesmo com a morte, devemos trazer a alegria para todos os nossos pacientes, não se sinta culpada, não devemos nos envergonhar pelo nosso trabalho, acredite ele faz a diferença!
Um abraço,
Doutora Jujuba
Nathália Lôbo
*Não estou expondo ninguém, acho que isso é interessante de comentar, pois o trabalho de um Doutor não é fácil e enfrentamos dificuldades no nosso trabalho todos os dias. Nesse dia também encontramos pacientes maravilhosos, e pacientes que não nos aceitam, devemos saber ganhar e principalmente PERDER.
Assinar:
Postagens (Atom)
